O policial militar Janerson Gregorio, preso em agosto de 2017 por sequestrar um empresário, fugiu do Batalhão de Polícia de Guarda em Piraquara, na Região de Curitiba, na madrugada desta segunda-feira (4).
Além de Janerson, outras três pessoas foram presas suspeitas de envolvimento no crime – entre elas, a namorada dele, Karina Cristina, que foi Miss Pinhais 2016. Karina está no regime semi-aberto, usando tornozeleira eletrônica, e é acusada de arquitetar o crime.
O G1 tenta contato com o advogado que defende ambos.
A informação da fuga foi confirmada pela Polícia Militar (PM), que não passou detalhes sobre como a fuga aconteceu.
Em nota, a PM disse que:
“1) Buscas estão sendo feitas pelo BPGD e por outras unidades da PM com o intuito de localizar o militar estadual foragido;
2) Um Inquérito Policial Militar será aberto para apurar as circunstâncias do fato, ou seja, como se deu a fuga e se houve facilitação;
3) Caso fique comprovado que houve participação de algum integrante da corporação na fuga do referido policial, haverá responsabilização conforme o rigor da lei;
4) A PM não compactua com desvios de conduta de seus integrantes e ressalta que, para qualquer situação potencial envolvendo policiais, busca a elucidação de todos os fatos, e, se restar comprovada responsabilidade, os instrumentos adequados de saneamento, correição e expurgo são adotados, na forma legal, sendo respeitados os direitos ao devido processo legal, à ampla defesa e ao contraditório, para qualquer militar estadual e neste caso não é diferente”.
Relembre o crime
Conforme a PM, os sequestradores combinaram com o empresário uma reunião de trabalho, momento em que ele foi rendido.
“Eles colocaram a arma na minha cara, me tiraram do carro e me colocaram num outro carro e me levaram até o cativeiro”, contou a vítima à época.
O cativeiro ficava na casa do PM e da mãe dele, no bairro Jardim Botânico. “Houve a manutenção da vítima no porta-malas do automóvel durante toda a noite e parte da madrugada até a liberação pelos policiais”, dizia o auto de prisão em flagrante de um dos envolvidos.
Os sequestradores pediram R$ 200 mil à família do empresário. Os parentes procuraram o Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre), da Polícia Civil.
A prisão do policial, de acordo com a PM, foi realizada durante uma investigação da Polícia Civil, enquanto o veículo do empresário era vigiado. O PM foi preso no momento em que estava pegando o carro da vítima, estacionado em uma rua.
“Além de cometer o sequestro, ele roubou o carro da vítima. E quando ele foi buscar esse carro, nós conseguimos efetivamente prender um dos sequestradores”, afirmou, à época, o delegado Luis Fernando Artigas Júnior. (Rádio Web CP com texto e informações da RPC Curitiba).