Multas foram registradas em São Paulo — Foto: Reprodução/RPC
O motorista de transporte escolar Joaquim Ribeiro está impedido de exercer a profissão, em Bandeirantes, no norte do Paraná, após receber uma série de multas indevidas cometidas em São Paulo.
De acordo com o profissional, que dirige uma Kombi, a placa do veículo dele foi clonada por uma outra Kombi, que vende ovos na capital paulista.
Desde 2021, conforme Ribeiro, as multas começaram a chegar. São ao menos 48 punições referentes a estacionamento irregular, furar o sinal vermelho, dirigir sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH), furar o esquema de rodízio aplicado em São Paulo.
Por trabalhar com o transporte de estudantes, o homem precisa renovar a licença para esse tipo de trabalho anualmente. Ele alega que, neste ano, ao fazer a solicitação ao Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), a renovação foi negada.
“Eu dependo desse serviço, eu trabalho para sobreviver. Eu tenho carteira desde 1974, nunca levei uma multa na minha vida. Agora recebendo esse tanto de multa, prejudica muito”, afirma.
Multas semanais
O motorista conta que, assim que as multas começaram a chegar, ele procurou um advogado.
Juntos, entraram com recursos para revisão das autuações, mas, apesar de obterem sucesso, a situação se repete e elas chegam semanalmente.
Uma solução encontrada pela defesa foi solicitar a troca da placa do veículo para o modelo Mercosul, porém, o pedido não foi aceito.
“Foi indeferido pelo Detran. Não aceitou sob a alegação de que não houve provas o suficientes e que eles não conseguiram distinguir qual é o veículo original e qual é o clonado por serem semelhantes. Nós estamos nessa situação. Já são 48 multas cometidas só na cidade de São Paulo”, afirma o advogado Rafael Storer.
Além disso, os dois enviaram diversos documentos ao órgão para provar que são veículos diferentes.
Segundo Storer, algumas das multas foram feitas em São Paulo, durante horários em que Ribeiro estava trabalhando no município paranaense.
O que diz o Detran
A assessoria do Detran afirmou que não pode passar informações sobre casos específicos e que a orientação ao cidadão que está passando por esse tipo de situação é que ele entre com um pedido, por meio de protocolo, para solicitar a mudança de placa. Rádio Web CP com conteúdo do g1 PR e RPC — Londrina).