Apesar das dificuldades que marcaram o final desta sua gestão, como a chegada da Covid-19, onde os governos, em todas as esferas, tiveram que se desdobrar para enfrentá-la, e uma significativa redução orçamentária, o prefeito de Cornélio Procópio, Amin Hannouche (PSD) classifica essa sua terceira gestão à frente do Executivo Municipal como positiva. Ele falou à imprensa local nesta quata-feira (23) durante entrevista coletiva em seu gabinete.
“Foram quatro anos de muito trabalho e temos a alegria de chegar ao final deste mandato, apesar de um ano atípico como este, com uma série de coisas que aconteceram no município nestes quase quatro anos de nossa administração”, disse. Classificou a Covid-19 como a maior dificuldade e desafio enfrentados neste último ano de administração.
Amin foi eleito prefeito em outubro de 2017 após cumprir duas gestões anteriores. Em janeiro de 2021, será empossado na chefia do Poder Executivo pela quarta vez, inaugurando uma marca histórica: a de ser o unico político do município a exercer esse cargo por quatro vezes. E, neste este período que termina no final de dezembro, teve, como os demais governos, que buscar alternativas para fazer frente à pandemia imposta pela doença.
“Com toda a certeza, nosso principal obstáculo foi este.Tivemos que nos reinventar, nos adequar e aprender com a doença, tendo que manter uma estrutura capaz de atender à demanda imposta por ela. E, claro, com esse obstáculo, vieram as consequências. Faltou dinheiro para uma série de coisas novas que gostaríamos de ter feito”, lamentou.
Disse que 2020 foi um ano de uma queda de receita. “Foi um período muito difícil com uma queda significativa na receita e, apesar do governo federal ter ajudado os municípios, através do presidente Bolsonaro, não foi possível minimizar os efeitos do déficit financeiro que tivemos. Assim, ainda estamos com déficit porque o recurso que veio de Brasília sequer cobriu o orçamento previsto para este ano”, complementou.
Compensações
Além das dificuldades, Amin destacou pontos positivos que compensaram as adversidades deste final de mandato, como a recuperação asfáltica em praticamente toda a cidade. “Foi uma de nossas bandeiras e durante esses 4 anos cuidamos disso com muito carinho, inclusive no período de pandemia”, disse.
Falou que muitos dos recursos para o município vieram de Brasília e Curitiba. “Com a liberação este ano, tivemos o privilégio, diferente da maioria dos municípios brasileiros, de poder continuar trabalhando mesmo num ano como este e concluir cerca de 230 quilômetros de asfalto”, afirmou.
Aunciou ainda a liberação para o município de um recurso de cerca de R$ 15 milhões que serão aplicados em recuperação de estradas da zona rural. Segundo ele, a Caixa Econômica já sinalizou para que a administração inicie a preparação dos projetos para execução do asfalto na zona rural.
“Contempla estradas como da Água Limpa, Jerusalém e a estrada de Congonhas, fechando um ciclo bastante importante para aqueles que têm necessidade de escoar suas produções. É um dinheiro a fundo perdido e com ele, acreditamos que vamos fechar com chave de ouro”, finalizou. A vice-prefeita Angélica Olchaneski também participou da coletiva. (Rádio Web CP com texto de Ataíde Cuqui/foto:Chitão).