Atualmente, Fiocruz depende de ingrediente farmacêutico ativo importado da China
RODOLFO BUHRER/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Em pouco mais de quatro meses, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) não precisará mais depender da importação de IFA (ingrediente farmacêutico ativo) para produzir vacinas contra covid-19.
O anúncio foi feito nesta sexta-feira (9) pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ao lado da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade.
“Hoje eu vi aqui a produção do IFA nacional. Em breve, acredito que no mês de agosto, já tenhamos IFA produzido na Fiocruz. Isso representa uma conquista excepcional, a autonomia do Brasil na produção de IFA, dispensa a necessidade de importação desse insumo para que a Fiocruz possa produzir vacinas”, afirmou o ministro.
Embora já haja produção da matéria-prima da vacina, a Fiocruz ainda não tem condições de fornecer imunizantes 100% nacionais ao Ministério da Saúde, salientou Nísia.
“Vamos já estar com a nossa planta, certamente, certificada em maio para essa parte de produção. Mas do IFA até as doses chegarem ao programa, será todo todo um percurso de validações pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]. Então, essas doses, nós esperamos que já estejam no Programa Nacional de Imunizações a partir de setembro, essas com IFA nacional.”
Até lá, a Fiocruz depende da chegada de IFA de uma fábrica parceira da AstraZeneca na China, a WuXi Biologics. No entanto, as remessas vindas da Ásia têm sofrido atrasos, o que compromete o cronograma brasileiro.
Ainda haverá necessidade de uma alteração no registro junto à Anvisa para incluir a planta da Fiocruz como fabricante de ingrediente farmacêutico ativo.
Mesmo com IFA importado, a entidade mantém o cronograma de entregar 100,4 milhões de doses de vacinas ao Ministério da Saúde até julho. (Rádio Web CP com conteúdo do noticias.r7.com).