Mulher desaparecida há dez dias em Paiçandu é encontrada morta

O corpo de uma mulher que estava desaparecida há dez dias foi encontrado na área rural de Paiçandu, no norte do Paraná, na noite de quarta-feira (20). O delegado Mateus Ganzer disse que o namorado da vítima é o principal suspeito do crime. Ele está desaparecido.

Luzinete Matias tinha 40 anos, trabalhava como ajudante de serviços gerais, tinha uma conduta exemplar no trabalho, e era mãe de 5 filhos. A última vez que foi vista pela família foi no dia 10 de junho, quando saiu de casa para fazer um lanche com o namorado em Maringá.

O delegado de Paiçandu relata que a família registrou um Boletim de Ocorrência no dia 12 de junho. Nesse dia, o suspeito acompanhou os parentes de Luzinete na Delegacia e ainda prestou depoimento.

“Alguns pontos do depoimento dele não convenceram e passamos a investigar. Durante o trabalho, analisamos imagens de câmeras de segurança de ruas por onde ele disse que passou para deixar a Luzinete em casa. Ao analisar as gravações, constatamos que ele não passou pelos locais indicados. Não vimos o carro dele passar pelas ruas apontadas”, disse Ganzer.

A família da vítima relatou à polícia que desde que Luzinete começou a se relacionar com o suspeito, ela se afastou dos parentes, principalmente da mãe.

“Ele é uma pessoa extremamente ciumenta, não deixava ela [Luzinete] visitar a mãe por ciúmes, era possessivo. O suspeito ainda tinha esposa e filho e mantinha o relacionamento com a Luzinete em paralelo. Ela não sabia que ele era casado”, afirmou o delegado.

Segundo Mateus Ganzer, a Justiça determinou a prisão preventiva do homem na quarta-feira. Por isso, o suspeito já é considerado foragido.

O corpo de Luzinete estava escondido em uma mata na área rural, embaixo de pedaços de madeira. O delegado não soube como a ajudante de serviços gerais morreu, apenas exames realizados pelo Instituto Médico-Legal (IML) vão determinar a causa da morte.

“O corpo estava em estágio de decomposição muito avançado quando o encontramos, por isso só o IML vai poder informar sobre as causas da morte”, explicou o delegado.

O suspeito deve ser indiciado por feminicídio e ocultação de cadáver, que somados podem dar até 30 anos de prisão, conforme a Polícia Civil. (Rádio Web CP com texto e informações do G1 PR, Londrina).

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